sexta-feira, 24 de junho de 2011

Nostalgia ou saudade de um tempo onde havia mais respeito.

Hoje, lendo o texto de Arthur Dapieve no jornal O Globo (A culpa é do Japão, O Globo pg. 8), ele falava sobre a educação da população japonesa. Isso me remeteu diretamente a minha infância. Ora tenho 30 anos, não é muito tempo, mas é o bastante para uma recordação onde, lembro-me bem, as pessoas tinham pelo menos o simples hábito de dar bom-dia. Costume esse que, vi se perdendo no decorrer do tempo. Esse véu que separa esse tempo que pode voltar a se repetir, onde não precisa ser construído um Delorian, uma máquina do tempo para que se repita. Tudo começa com gestos simples e essa ação pode se perpetuar. Não esse tipo de atitude que vejo diariamente em meu trajeto pela SuperVia, empresa de transporte de trem do Estado do Rio de Janeiro.
Todos os dias para me deslocar da minha casa até meu trabalho, adentro por utilizar esse meio de transporte coletivo, onde os passageiros são tratados como “sardinhas enlatadas”, mas isso é outro caso. Vejo como a educação, o respeito ao próximo que, em minha opinião, é base para uma “população sadia”, estão sendo deixados de lado para amor ao próprio umbigo. Sim esse apego ao “eu”, esse egocentrismo, nos remete a uma quantidade de jovens e de pessoas mais maduras que não fazem simples ações de respeito ao próximo, que é de ceder o lugar para as pessoas que precisam sentar. Ora, não estou falando de galanteios do tipo, do homem ceder seu lugar para uma mulher sentar-se. Não! Digo de jovens e adultos, não cederem seus assentos para idosos, gestantes, deficientes. Pessoas, isso mesmo pessoas que são deixadas em pé, pois, quem está sentado diante delas fingem estarem dormindo, para de certa forma, não parecerem mal educadas, quando na verdade, em minha opinião, são mais do que as estão com olhos cerrados e não cedem. Ceder. Olhos abertos, deveríamos abrir nossos olhos para a educação. Não digo educação de estudos, digo de corte ao umbigo do ego, do amor ao “eu”.
Enfim, lendo o texto de Arthur Dapieve, pude me remeter a uma época onde não havia tanta tecnologia, contudo, havia mais amor pelo próximo. Nas escrituras já estava descrito esse mandamento que, não precisava ter sido feito, mas, precisamos ler para nos recordar que somo seres humanos dotados de compaixão e educação.
Educação, uma palavra que não pode sair de moda. Essa mesma educação, esse legado, quero deixar para o meu filho Artur, para que ele não se perca em seu próprio umbigo.